Nome Botânico: Pinus pinaster Ait.

Família Botânica: Pinaceae.

Nomes Comuns: Pinheiro, Pinheiro-Bravo, Pinheiro-marítimo, Pinheiro-das-landes, Pinus.

Nome em Inglês: Pine.

Tipo de Planta:
Árvore de grande porte, com folhas em agulhas e pinhas.

Origem:
Árvore da Europa Ocidental.

Habitat e Distribuição Geográfica:
Terrenos pobres e arenosos até aos 1200 metros de altitude. Em Portugal, era primitivamente uma espécie espontânea na faixa costeira sobre solos arenosos a norte do Tejo (onde encontra as condições fitoclimáticas ideais: humidade atmosférica e influência atlântica), mas actualmente devido à acção do homem está presente por todo o País, existindo em abundantes povoamentos no Norte e Centro (Beira Alta, Beira-Baixa, Beira Litoral e Ribatejo).

Partes das Plantas ricas em Óleos Essenciais:
Casca, gema do pinheiro (essência de terebintina), agulhas e galhos (óleo essencial de pinho).

Método de Extracção:
Destilação por arrastamento de vapor.

Características do óleo essencial:
O óleo é um líquido límpido, incolor a amarelo pálido e com odor pináceo característico.

Aroma:
Fresco, amadeirado, resinoso e balsâmico com tom canforado.

Propriedades Físicas e Químicas:
– Estado físico: líquido límpido
– Cor: incolor a amarelo pálido
– Odor: Fresco, herbal, amadeirado, resinoso e balsâmico com tom canforado
– pH: Não aplicável
– Ponto de inflamação (FD ISO/TR 11018): +41°C
– Densidade relativa (a 20°C) (NF ISO 279): 0,855 a 0,890
– Solubilidade (NF ISO 875): Hidrossolubilidade: Insolúvel; Solubilidade em etanol (20°C em g/L): Solúvel
– Índice de refracção a 20 °C (NF ISO 280): 1,470 à 1,485
– Índice de rotação a 20°C (NF ISO 592): -30 ° à -10 °

Principais Constituintes:
α- e β-pineno, limoneno, terpineno, mirceno, sabineno, falandreno, p-cimeno, terpinoleno, cineol, canfeno, β-cariofileno, cadineno, dipenteno, silvestreno, borneol (álcool), acetato terpinílico e acetato de bornilo. A essência de terebintina distingue-se da de agulhas por praticamente não ter acetato de bornilo.

Perfil cromatogáfico:
α-pineno: 23-35%
β-pineno: 24-37%
β-mirceno: 1-10%
δ-3-careno: trace-13%
limoneno:1-11%
Os produtos de origem natural podem não ter composição idêntica em cada produção. Estes valores são indicativos e não excluem a possibilidade de ligeiras variações.

Principais Utilizações:

Em fitoterapia, a essência de terebintina e o óleo essencial das agulhas são usados nas afecções respiratórias, sendo os dois óleos essenciais empregues externamente como rubefacientes em entorses e dores reumáticas; os constituintes monoterpénicos (α- e β-pineno, limoneno), da essência de terebintina entram na síntese de diversos compostos aromáticos usados na perfumaria, na obtenção de plásticos e de compostos com acção farmacológica. A gema, depois da extracção da essência de terebintina designa-se por pez-louro, usada por várias indústrias para obtenção de colas e gomas.

O óleo de pinho é utilizado em uma variedade de produtos de limpeza, tais como: desinfetantes, germicidas, sabões, solventes, ceras, tintas, thinners, entre outras conferindo efeitos aromatizantes. O óleo de pinho pode ser utilizado como agente espumante na flotação de minérios e como humectante na indústria têxtil. E complementando seu campo de aplicação o óleo de pinho atua como agente bactericida em produtos veterinários.

Curiosidade:
O Pinho era conhecido para as civilizações antigas do Egito, da Grécia e da Arábia. Embora exista alguma associação a cerimônias religiosas, o pinho era especialmente útil no tratamento de infecções pulmonares, como bronquite, tuberculose e pneumonia. As inalações foram o primeiro método de utilização. Na verdade, acredita-se que as pessoas em tratamento devam ir para áreas com muitos pinheiros, pois o clima dessas regiões é excelente para os pulmões. Os índios norte-americanos, entretanto, consideravam-no muito benéfico para os casos de escorbuto. Muito usado também na indústria da perfumaria e produtos de higiene e limpeza ambiental.